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Ócio Produtivo

Atualizado: 28 de abr. de 2020





A palavra #ócio tem origem do latim otiu que significa “não fazer nada”, dar um tempo das atividades para poder descansar e relaxar.


Em nossa sociedade e, principalmente, na atualidade o ócio é um termo usado como algo pejorativo, como se estivéssemos “perdendo tempo” ou pior, “gastando tempo com nada”. É como se “não fazer nada” fosse sinônimo de perder algo, de ficar para trás.

Nossa #sociedade está muito #dinâmica. Estamos ligados o tempo todo nas últimas #notícias mundiais, nas atualizações das redes sociais, em emails e mensagens. A todo momento, sem nos darmos conta, somos impelidos a consultar nossos tablets, computadores e, principalmente, nossos celulares que nos acompanham onde estivermos. Essa rapidez de informações tecnológicas nos impedem de descansarmos, ou seja, de ficarmos ociosos, já qu


e a todo o tempo recebemos algum tipo de notificação e nos sentimos, muitas vezes, obrigados a responder ao mundo na mesma velocidade em que os alertas nos chegam.

Sem percebermos, não nos permitimos ficar ociosos. A sociedade tornou-se muito #competitiva e faz com que nos sintamos perdedores se não estivermos constantemente #atualizados. Se estamos em uma sala de espera estamos com o celular a postos; se nos deitamos para dormir estamos consultando as últimas notícias do dia; se estamos frente à uma paisagem paradisíaca, estamos vendo o local pela tela do celular e compartilhando a imagem


em segundos com outras pessoas, que também estarão negando o ócio com os dados que disparamos pela internet.

Então, vivemos num mundo com pessoas ansiosas, estressadas e depressivas por estarem sempre se esforçando para manterem-se tão atualizadas quanto às outras, perdendo assim momentos importantes de descanso; sim pois ócio é descanso e relaxamento.



Como, então, podemos aceitar o ócio como algo #saudável em nossas vidas? Como podemos não nos culpar por não fazer nada em alguns momentos, lembrando que essa “parada” é saudável?

Viver o ócio é se permitir ter #prazer sem que este prazer esteja relacionado a #cobranças externas, ou pressionado pela sociedade. Pode ser um prazer mental ou físico, individual ou coletivo. Exercer o ócio precisa partir de um #desejo que dê #satisfação pessoal. Então, podemos pensar que assistir a


uma peça de teatro, ler um livro, andar num parque, viajar, meditar, exercer sua espiritualidade, encontrar amigos, são maneiras de estar ocioso.



O ócio, como entendido erroneamente da forma que usamos, significa #preguiça. É falta de desejo e a acomodação que fazem com que as pessoas fiquem alheias aos seus desejos e alienadas a suas vontades seguindo, de forma inconsciente, o que a maioria determina como sendo correto.

Desta forma, compreendemos o ócio como algo saudável, como uma necessidade de um olhar voltado para si mesmo. Não tem relação com inércia ou falta de atividade, uma vez que a produção do que nos dá prazer pode existir apenas dentro de nós e, mesmo assim, haver #movimento.


 
 
 

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© 2017 por Sabrina Rego.  

Sabrina Rego Psicologia & Associados LTDA
CNPJ: 37.412.169/0001-69

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